Irã afirma que declarações de britânicos encobrem invasão

Comunicado foi divulgado após militares dizerem que sofreram ´pressão psicológia´

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Irã afirmou nesta sexta-feira, 5, que a entrevista coletiva dos marinheiros britânicos foi "encenada" para encobrir a entrada ilegal no território do Estado islâmico. "Tais ações encenadas não podem encobrir o erro cometido pelos membros do Exército britânico que ilegalmente entraram no território do Irã", disse um comunicado do Ministério de Relações Exteriores, que foi enviado por fax. Os 15 marinheiros e soldados britânicos capturados pelo Irã na região do Golfo disseram na sexta-feira que foram vendados, amarrados, mantidos em isolamento e advertidos de que ficariam muitos anos na prisão. Declaração britânica Os 15 militares britânicos detidos pelo Irã no dia 23 de março e que foram libertados na última quarta-feira, disseram que a embarcação estava em águas iraquianas, e não iranianas, como afirmaram em vídeos divulgados pelo Irã. Em entrevista coletiva, os britânicos relatam terem sido ameaçados com sete anos de prisão caso não admitissem a invasão de águas iranianas. Os militares britânicos disseram ainda que foram interrogados agressivamente e sofreram "pressão psicológica". Detenção de militares No dia 23 de março, a Guarda Revolucionária Iraniana havia capturado 15 militares e marinheiros britânicos alegando invasão de território marítimo. Os britânicos participavam de uma operação de vigilância de fronteiras, inspecionando um navio cargueiro. Desde então, o governo do Reino Unido, os Estados Unidos e a União Européia pediram que o Irã libertassem os detidos. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, alegando ser um "presente de Páscoa", anunciou a libertação dos marinheiros na quarta-feira, durante uma entrevista coletiva.

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