
21 de dezembro de 2009 | 10h33
"Eles ainda estão ali", disse Shahristani em Luanda, Angola. Delegações dos dois países participarão amanhã de um encontro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). "Nós estamos examinando o problema através dos canais diplomáticos." Shahristani disse que o poço número 4 do campo petrolífero de Fukkah é do Iraque. De acordo com ele, a perfuração desse poço foi concluída em 1997, durante o regime do ex-líder Saddam Hussein.
Já um porta-voz do governo iraquiano afirmou ontem que as tropas do Irã se retiraram do poço, mas permanecem em território iraquiano. O porta-voz Ali al-Dabbagh disse que as tropas iranianos se retiraram para uma posição 50 metros distante do poço. Segundo ele, Bagdá "exige que eles retornem para onde vieram e que comecem as negociações sobre a demarcação da fronteira".
O chefe de segurança e defesa da província iraquiana de Maysan, Mayssam Lafta, também afirmou que as tropas deixaram a instalação petrolífera. Segundo Lafta, essa retirada ocorreu na madrugada de ontem e os trabalhadores já voltaram no mesmo dia ao poço.
Incidente
A estatal iraquiana South Oil informou na sexta-feira que pouco mais de dez soldados do Irã chegaram ao poço e hastearam a bandeira iraniana no local. Bagdá condenou a ação como uma "violação da soberania iraquiana". Já Teerã alega que a instalação fica dentro de seu território.
É o primeiro incidente sério entre os dois países desde a invasão liderada pelos Estados Unidos no Iraque em 2003, que derrubou Saddam Hussein. As forças lideradas por Saddam travaram uma guerra contra o Irã, entre 1980 e 1988. As informações são da Dow Jones.
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