18 de novembro de 2012 | 16h04
Amanhã, ministros de Relações Exteriores da União Europeia (UE) se reunirão em Bruxelas para discutir a adoção de um rígido embargo às entregas de armas para Síria. A França se posicionou a favor do envio de armamentos de defesa para a oposição síria.
Para Salehi, contudo, isso abriria um perigoso precedente e constituiria uma clara interferência nas relações da Síria. "Isso vai disseminar insegurança, o risco de terrorismo e violência organizada em toda a região", declarou o ministro iraniano.
O regime de Bashar al-Assad e seus principais aliados - Irã e Rússia - acusam alguns países árabes e ocidentais de terem secretamente fornecido armas aos rebeldes sírios durante meses.
A Coalizão Nacional, oposição síria reconhecida por França, Turquia e nações do Golfo Pérsico, pediu por armamentos para derrubar o presidente e acelerar o fim de um conflito que já matou mais de 39 mil pessoas desde meados de março de 2011.
A Rússia alertou que o envio de armas para a coalizão seria uma "grave violação" da lei internacional. Em mensagem direcionada à reunião em Teerã, o ministro de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse que seu país e o Irã "compartilham uma mesma posição sobre a crise na Síria", informou a agência de notícias Irna. Ele também advertiu contra o risco de as armas acabarem nas mãos da "al-Qaeda" e de outros grupos extremistas.
Nenhum representante da oposição síria participou do encontro em Teerã. A coalizão rejeita o diálogo, enquanto al-Assad estiver no poder. A mídia iraniano informou que a reunião contou com mais de 200 representantes do governo da Síria e outros diferentes grupos políticos, étnicos e religiosos. As informações são da Dow Jones.
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