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Irã anunciará em breve "nova política nuclear", diz responsável

Irã estuda revisão nas políticas nucleares do país, que vai defender seus "direitos nucleares", segundo Mohamad Saidi

Por Agencia Estado
Atualização:

O conselheiro de Assuntos Internacionais da Organização da Energia Atômica do Irã, Mohamad Saidi, disse nesta terça-feira que Teerã anunciará "nas próximas semanas sua nova política nuclear", informou a televisão pública. As novas políticas "estão em estudo e serão anunciadas nas próximas semanas", disse Saidi à televisão iraniana em referência à revisão dos planos nucleares de seu país após a aprovação, na semana passada, de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas. De acordo com Saidi, membro da equipe de negociação iraniana, a República Islâmica usará toda sua capacidade para defender seus "direitos nucleares". "Por enquanto, não posso dizer se o estudo do pacote de incentivos (oferecidos pela comunidade internacional) está fora da ordem do dia ou não, mas acho que nos próximos dias diremos se vamos responder ou não", afirmou o conselheiro. Saidi se referia ao pacote de incentivos oferecidos pela comunidade internacional em troca de o Irã desistir de seu programa nuclear. Sobre a resolução do Conselho de Segurança, o responsável iraniano insistiu em que seu país segue a legislação do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). "Estamos comprometidos com o TNP e as normas internacionais, e assim continuaremos. No entanto, o povo não nos permitirá renunciar a nossos direitos", disse Saidi, acrescentando que o Irã está disposto a dialogar. De acordo com Saidi, Rússia e China definiram com outros países que a resolução sirva para "dar um ultimato" a seu país, mas que não será utilizada para um embargo sobre o Irã. Além disso, o responsável iraniano rejeitou a possibilidade de que seu país suspenda novamente suas atividades nucleares, nem sequer "alguns dias". "Suspendemos as atividades nucleares durante dois anos e meio, e agora ninguém tem a autoridade de voltar a exigir isso outra vez. Além disso, não existem razões para fazer isso", disse.

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