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Irã condena empresário à morte por ''espionar para Israel''

O iraniano Ali Ashtari é acusado de ter repassado ao Mossad informações sobre programa nuclear de Teerã

Por AP
Atualização:

Um tribunal de Teerã sentenciou à pena de morte um empresário iraniano acusado de ser um espião de Israel e de ter repassado ao serviço secreto israelense, o Mossad, informações militares e sobre o programa nuclear da república islâmica, informou ontem a TV estatal. O iraniano foi identificado como Ali Ashtari, um empresário de 45 anos que fornecia componentes eletrônicos ao Exército do Irã. Ashtari, que enfrentava problemas financeiros, disse ter aceitado um empréstimo de US$ 50 mil de agentes israelenses, informou a agência iraniana Fars. Segundo um relatório do governo, Ashtari foi preso em 2007, quando tentava "criar uma ligação" entre especialistas iranianos e agentes israelenses. A TV iraniana disse que o material que Ashtari foi acusado de ter repassado aos israelenses inclui informações sobre a Organização de Energia Atômica do Irã. Sob a lei iraniana, Ashtari tem 20 dias para apelar da sentença, que foi divulgada no domingo. O porta-voz do governo israelense, Mark Reguev, disse que Israel "não tinha nenhum conhecimento sobre o caso". A condenação de Ashtari foi divulgada em um momento de grande tensão entre os dois países e especulações de um possível ataque israelense contra as instalações nucleares do Irã. No entanto, esta é a primeira vez desde 2000 que um tribunal no Irã condena um iraniano sob a acusação de espionar para Israel. Em 2000, dez judeus iranianos foram sentenciados a penas entre 4 e 13 anos de prisão por espionagem.

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