O Irã sinalizou nesta quarta-feira, 28, que deve confirmar sua participação na conferência dos vizinhos do Iraque, que será realizada em meados de março, em Bagdá. O encontro tem o apoio dos Estados Unidos, que afirma se preocupar com a violência sectária na região. Ali Larijani, líder do Conselho de Segurança Nacional, disse que o Ministro de Relações Exteriores iraquiano, Hoshyar Zebari, entrou em contato com o ministro iraniano Manouchehr Mottaki para discutir a conferência que, segundo o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, será realizada no dia 10 de março. "Estamos revendo as propostas", disse Larijani. "Queremos resolver os problemas do Iraque e este será o caminho que iremos trilhar", acrescentou. Por este motivo, Larijani afirmou que a presença americana no encontro não deve ser problema para o Irã. "A fim de ajudar a resolver os problemas no Iraque, o Irã fará o máximo. Vamos comparecer à reunião se isso for do interesse do Iraque", afirmou Larijani, segundo uma TV pública iraquiana. No entanto, o Irã acusa os Estados Unidos de desestabilizar o Iraque e de provocar tensões entre a maioria xiita e a minoria sunita. A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, anunciou nesta terça-feira, 27, que a presença dos Estados Unidos está confirmada na conferência, planejada para acontecer em meados de março e disse ainda que apóia o convite do Irã e da Síria para o encontro. Líderes iranianos declararam que gostariam de se encontrar com os Estados Unidos para discutir com calma a violência no Iraque, mas nos últimos meses a tensão aumentou por conta das acusações americanas de que Teerã estaria fornecendo armamentos para insurgentes iraquianos, além da polêmica questão do programa nuclear iraniano.