DUBAI - O Irã não vai aceitar qualquer extensão das sanções depois dos 10 anos de suspensão previstos no acordo nuclear assinado com as potências do P5+1, disse uma autoridade iranina nesta quarta-feira, 22, na tentativa mais recente do governo de vender o acordo para radicais céticos.
Abbas Araqchi, um dos vice-ministros das Relações Exteriores e negociador nuclear sênior iraniano, Araqchi disse durante que qualquer tentativa de impor novamente as sanções após a expiração em 10 anos violariam o acordo. Ele ressaltou ainda que o Irã fará "qualquer coisa" para ajudar aliados no Oriente Médio, reforçando a mensagem de Teerã de que, apesar do acordo, o país não mudará sua política externa anti-Ocidente.
A maior autoridade iraniana, o aiatolá Ali Khamenei, disse a partidários no sábado que as políticas americanas na região eram "180 graus" opostas ao Irã, em um discurso em Teerã marcado por gritos de "Morte à América" e "Morte a Israel".
Sob o acordo, o Irã estará sujeito a restrições de longo prazo em seu programa nuclear, em troca de alívio de sanções impostas pelos Estados Unidos, União Europeia e ONU. O acordo foi assinado pelos EUA, Grã-Bretanha, China, França, Rússia, Alemanha e UE.
As potências mundiais suspeitam que o Irã estivesse tentando criar uma bomba nuclear; Teerã afirma que seu programa era pacífico. /REUTERS
Os pontos fortes do acordo: