Irã diz que não aceitará nova imposição de sanções após prazo definido em acordo

Negociador nuclear fez afirmação para tranquilizar radicais céticos e acrescentou que o país continuará ajudando os aliados na região

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DUBAI - O Irã não vai aceitar qualquer extensão das sanções depois dos 10 anos de suspensão previstos no acordo nuclear assinado com as potências do P5+1, disse uma autoridade iranina nesta quarta-feira, 22, na tentativa mais recente do governo de vender o acordo para radicais céticos.

Abbas Araqchi, um dos vice-ministros das Relações Exteriores e negociador nuclear sênior iraniano, Araqchi disse durante que qualquer tentativa de impor novamente as sanções após a expiração em 10 anos violariam o acordo. Ele ressaltou ainda que o Irã fará "qualquer coisa" para ajudar aliados no Oriente Médio, reforçando a mensagem de Teerã de que, apesar do acordo, o país não mudará sua política externa anti-Ocidente.

Líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei Foto: The New York Times

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A maior autoridade iraniana, o aiatolá Ali Khamenei, disse a partidários no sábado que as políticas americanas na região eram "180 graus" opostas ao Irã, em um discurso em Teerã marcado por gritos de "Morte à América" e "Morte a Israel".

Sob o acordo, o Irã estará sujeito a restrições de longo prazo em seu programa nuclear, em troca de alívio de sanções impostas pelos Estados Unidos, União Europeia e ONU. O acordo foi assinado pelos EUA, Grã-Bretanha, China, França, Rússia, Alemanha e UE.

As potências mundiais suspeitam que o Irã estivesse tentando criar uma bomba nuclear; Teerã afirma que seu programa era pacífico. /REUTERS

Os pontos fortes do acordo:

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