04 de novembro de 2019 | 08h48
Atualizado 04 de novembro de 2019 | 11h27
TEERÃ - O Irã anunciou nesta segunda-feira, 4, sua mais recente violação ao acordo nuclear assinado com potências mundiais. O país disse que atualmente produz 5 kg de urânio enriquecido por dia, multiplicando em mais de 10 vezes a produção do material desde que abandonou as restrições impostas pelo tratado de 2015.
Teerã afirmou ainda que opera centrífugas mais avançadas que foram banidas no tratado e trabalha em um protótipo que é 50 vezes mais rápido do que as permitidas.
Em declarações a uma emissora local, Ali Akbar Saléhi, vice-presidente da República Islâmica e chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, disse que nos últimos dois meses o país desenvolveu dois novos modelos de centrífugas, um dos quais já entrou no período de testes.
O anúncio foi feito no dia em que o Irã lembra os 40 anos da tomada da embaixada dos Estados Unidos em Teerã, o que iniciou uma crise de reféns que durou 444 dias. Diversas manifestações anti-EUA devem ser realizadas nesta segunda em várias cidades do país.
A União Europeia (UE) pediu a Teerã que cumpra com seus compromissos do acordo nuclear. "Vimos as últimas notícias. A única coisa que podemos dizer neste momento é que tomamos nota", afirmou a porta-voz da diplomacia europeia, Maja Kocijancic, acrescentando que o bloco aguarda a avaliação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). / AFP e AP
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