Irã: enriquecimento em baixa escala já é aceito pela Rússia

Em reunião da AIEA, Moscou deve pedir que programa nuclear seja liberado em um nível pré-estabelecido

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Rússia está pronta para aceitar que o Irã enriqueça urânio em pequena escala e afirmou que pedirá à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que o programa nuclear iraniano seja liberado em um nível pré-estabelecido, o que, para os diplomatas russos, facilitará a fiscalização. A medida é para diminuir as chances de um mal-uso da energia nuclear produzida, informaram as fontes russas nesta segunda-feira. Os diplomatas, que falaram com a Associated Press mas não se identificaram por questão de segurança, disseram que o ministro das relações internacionais da Rússia, Sergey Lavrov, planeja discutir a proposta com autoridade americanas em Washington ainda nesta segunda-feira. Eles disseram, entretanto, que os americanos se opõem firmemente à proposta. Moscou, com o apoio dos Estados Unidos e outros países, se ofereceu para fazer o enriquecimento de urânio do Irã em seu território, para poder fiscalizar melhor o uso da energia nuclear, mas o Irã, insistindo que seus objetivos são pacíficos, disse que possui autonomia para fazer o enriquecimento por si próprio. Os diplomatas russos disseram que suas negociações para tentar transpor as diferenças entre os países continuará durante esta segunda-feira, junto com a reunião dos 35 países membros da AIEA para decidir o futuro da nação Islâmica. A reunião foi marcada para que os membros da agência da ONU deliberem sobre o relatório feito pelo diretor-geral da AIEA, Mohamed El Baradei. O documento inclui, segundo trechos que vazaram para a imprensa, dados sobre a evolução do programa de enriquecimento de urânio do Irã e a negação do país em fornecer informações aos inspetores da AIEA que procuram por armas nucleares. Na última reunião um dossiê completo sobre o Irã já havia sido exibido, resultado de quase três anos de investigações. Na reunião desta segunda-feira, El Baradei repassará seu relatório para a junta dos países decidir quais medidas serão tomadas em relação a Teerã.

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