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Irã exige explicação sobre invasão de consulado no Iraque

Cinco funcionários iranianos foram presos durante ação na manhã desta quinta-feira

Por Agencia Estado
Atualização:

O Ministério do Exterior do Irã convocou nesta quinta-feira os representantes iraquiano e suíço em Teerã para explicar a detenção de cinco funcionários iranianos em uma missão diplomática no norte do Iraque. De acordo com uma TV estatal iraniana, o ministério "exige uma explicação" sobre o incidente, ocorrido na cidade de Irbil, no Curdistão iraquiano. A Suíça representa os interesses dos EUA no Irã, onde não existe uma embaixada americana. A convocação aconteceu depois de uma ação na madrugada desta quinta-feira no Iraque, em que as forças multinacionais invadiram o prédio de um consulado iraniano na cidade de Irbil, que fica a 350 quilômetros de Bagdá. Os soldados detiveram os cinco funcionários e confiscaram computadores e documentos. Pedido de ajuda A embaixada do Irã em Bagdá também solicitou ajuda ao governo iraquiano para conseguir a libertação dos cinco funcionários detidos. Segundo a agência oficial de notícias Irna, a delegação enviou "uma carta de protesto" ao Iraque, referindo-se ao que chamou de "ação ilegal dos EUA". Até o momento, o governo iraquiano não informou se a operação contou com sua cumplicidade ou com a do governo autônomo do Curdistão ou ainda se foi uma ação unilateral das tropas americanas. Esse não é o primeiro incidente entre as tropas dos EUA no Iraque e os iranianos. No último dia 25 de dezembro, dois diplomatas do Irã foram detidos e libertados quatro dias depois sem acusações, ação que também foi qualificada de "ilegal" por Teerã. O Irã não tem relações diplomáticas com os EUA desde 1979. Washington acusa Teerã de permitir o uso de seu território por grupos insurgentes responsáveis por atentados terroristas no Iraque e também acredita que o país tenta desenvolver armas atômicas.

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