WASHINGTON - Navios de patrulha do Irã dispararam tiros de alerta contra um cargueiro com bandeira das Ilhas Marshall, Estado soberano associado aos EUA, que estava atravessando o Estreito de Hormuz em águas territoriais iranianas, informou nesta terça-feira, 28, o coronel Steve Warren, porta-voz do Pentágono.
Segundo Warren, o capitão do cargueiro inicialmente se recusou a obedecer a ordem de se afastar de águas iranianas, mas após os tiros de alerta recuou. O coronel afirmou que forças iranianas entraram no cargueiro, o MV Maersk Tigris, mas ninguém foi ferido e não havia americanos envolvidos.
A rede estatal de televisão em inglês iraniana Press TV informou que as autoridades navais fizeram o navio atracar para que sua tripulação respondesse por "problemas legais" com os escritórios portuários do país islâmico."O navio é um mercante e foi capturado pela Marinha iraniana a pedido da Organização Marítima e Portuária do Irã. O navio foi capturado depois que uma ordem judicial foi emitida para seu confisco", afirmou a agência iraniana Fars, citando fontes "próximas" ao caso, que acrescentaram que o assunto está ligado a "problemas monetários" entre a organização e os armadores do navio.
O cargueiro chegou a mandar um pedido de ajuda e o comando central das Forças Navais dos EUA, com base na região, enviou um destróier e uma aeronave para a área do incidente para monitorar a situação. Segundo a TV iraniana, porém, as autoridades enviaram um aviso à Marinha dos EUA para que não interferisse.
A agência Fars afirmou ainda que o navio tem bandeira das Ilhas Marshall, embora seja de propriedade americana, e seus 34 tripulantes são de vários países, entre eles, europeus. As Ilhas Marshall ficam no Pacífico e antigamente eram governadas pelos EUA. / REUTERS, EFE e AP