VIENA - A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou nesta terça-feira, 23, que o Irã paralisou temporariamente o processo de enriquecimento de urânio no início de novembro. Segundo diplomatas ocidentais, problemas técnicos foram a causa da interrupção.
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O relatório, porém, não detalha as razões que causaram a paralisação. O documento também diz que a AIEA segue preocupada com a possibilidade de as atividades nucleares do Irã resultarem na fabricação de armas de destruição em massa.
Apesar da breve paralisação em novembro, a quantidade total de urânio pouco enriquecido no Irã aumentou para 3,18 toneladas. Especialistas dizem que essa quantia é suficiente para a fabricação de duas bombas se o urânio for refinado.
O país persa já sofreu quatro rodadas de sanções no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) por se recusar a parar de enriquecer urânio. Potências como os EUA temem que o Irã busque secretamente armas nucleares, mas Teerã afirma ter apenas fins pacíficos. O enriquecimento de urânio pode ser usado tanto para abastecer reatores nucleares quanto para uma bomba atômica.
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O Irã e seis potências - EUA, Reino Unido, China, França, Rússia e Alemanha - estão prestes a realizar uma reunião para discutir o programa nuclear iraniano em dezembro. Salehi disse que o Irã pretende realizar um anúncio sobre avanços em seu programa nuclear em "duas ou três semanas", após o encontro com as potências mundiais, informou a agência de notícias Mehr. Ele não deu mais detalhes. As informações são da Dow Jones.