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Irã nega envolvimento com o Hezbollah

Ainda, segundo comunicado, havendo ataque da guerrilha contra a Síria, o governo iraniano não ficará ao lado do Líbano

Por Agencia Estado
Atualização:

O Irã negou neste domingo a denúncia feita por Israel de que o país mandou tropas para o Líbano como forma de auxiliar os ataques do Hezbollah a um navio de guerra israelense. O governo de Teerã completou que o grupo de guerrilha poderia atacar sozinho, sem qualquer ajuda de fora. "Não há tropas lá. O carregamento de mísseis (do Irã) para o Hezbollah também não é verdade", afirmou neste domingo o porta-voz do ministério dos Exteriores, Hamid Reza Asefi. As declarações são uma resposta às afirmações feitas por Israel no último sábado. Segundo o afirmado, cem soldados da elite iraniana das Guardas Revolucionárias estavam no Líbano para auxiliar o Hezbollah a lançar um sofisticado míssil iraniano, guiado por radar, contra um navio de guerra israelense que bloqueava a costa libanesa. Inicialmente, foi acreditado que um avião direcionado por controle remoto, e com explosivos, teria sido lançado contra o navio. Porém, depois ficou claro que o Hezbollah havia usado um míssil, descrito por Israel como um armamento de fabricação iraniana, guiado por radar C-802. "A circulação de tais informações são uma manobra de guerra psicológica como forma de expandir a tensão na região", o ministro da Defesa iraniano, general Mostafa Mohammad Najjar, disse neste domingo. Asefi também avisou Israel no sábado que lançar este tipo de bomba nas proximidades da Síria levaria ao Estado judeu "danos inimagináveis". "Esperamos que o regime não cometa o erro de atacar a Síria." Neste caso, adicionou, "o Irã ficará ao lado dos sírios". O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse na última sexta-feira que qualquer ataque israelense contra a Síria seria visto como uma agressão a todo o mundo islâmico. Foguetes Asefi deu suas declarações minutos depois que o Hezbollah lançou dezenas de foguetes à cidade israelense de Haifa, a terceira maior do país. O grupo disse que mirou para uma refinaria próxima à cidade. A polícia israelense disse que pelo menos oito pessoas morreram com a ação. Hezbollah afirmou ter usado foguetes Raad-2 e Raad-3, que são considerados o de maior alcance utilizado pelo grupo até agora. Asefi também acusou os Estados Unidos de jogarem uma "cargo destrutivo" durante a crise, ao encorajar Israel a atacar o Líbano. "Além disso, o governo norte-americano vetou cerca de 60 resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra Israel. "Os Estados Unidos deveriam rever sua política", afirmou.

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