Irã pede que Coreia do Norte tenha 'precaução' em reunião com EUA

Governo iraniano alerta que depois que Trump assumiu a presidência americana, Washington 'sabotou' os acordos unilaterais e se retirou unilateralmente deles

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Por Redação
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TEERÃ - O governo iraniano alertou nesta segunda-feira, 11, à Coreia do Norte para atuar com "precaução" por conta do descumprimento dos Estados Unidos com compromissos internacionais, na véspera da reunião entre os líderes americano e norte-coreano, Donald Trump e Kim Jong-un.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei Foto: Gabinete do Líder Supremo do Irã / AP

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Na entrevista coletiva semanal, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Bahram Ghasemi, advertiu aos dirigentes da Coreia do Norte sobre o "histórico de sabotagem e violação dos compromissos internacionais e bilaterais" dos Estados Unidos.

"Especialmente desde que Trump assumiu o cargo, Washington sabotou os acordos internacionais e se retirou unilateralmente deles", disse.

Como exemplo, ele citou a saída dos Estados Unidos, em maio, do acordo nuclear de 2015, assinado entre o Irã e seis grandes potências para limitar o programa atômico do seu país em troca da suspensão das sanções internacionais.

"Teerã acredita que o governo da Coreia do Norte deve atuar com precaução (...). Somos muito céticos sobre as intenções dos Estados Unidos", afirmou.

Apesar de se mostrar "pessimista" sobre o encontro, Ghasemi enfatizou que o Irã apoia "a paz e a estabilidade" na Península da Coreia.

As delegações diplomáticas da Coreia do Norte e dos Estados Unidos se reuniram em Cingapura hoje, pela última vez, para fechar a agenda da histórica reunião de amanhã sobre a desnuclearização do país asiático.

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O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou que os Estados Unidos estão "preparados" para oferecer à Coreia do Norte garantias de segurança inéditas na história das negociações nucleares entre os dois países. No entanto, o mesmo Pompeo expôs recentemente 12 drásticas condições ao Irã para evitar a recolocação de sanções após a retirada dos Estados Unidos de forma unilateral do pacto nuclear. / EFE

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