Irã prende responsável por gravar vídeo de avião sendo abatido

De acordo coma Guarda Revolucionária, a prisão faz parte das investigações sobre o caso

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Por Redação
Atualização:

A pessoa que gravou um vídeo mostrando o momento em que um míssil abateu o avião ucraniano ao sul de Teerã foi presa, segundo a base de Sar-Allah da Guarda Revolucionária. 

O centro militar emitiu uma declaração, coletada por meios oficiais nas últimas horas, que explica que após a publicação dessas imagens resolveu  "identificar" seu autor. 

A detenção está enquadrada, de acordo com a base de Sar-Allah, nas investigações das "causas e fatores envolvidos no incidente aéreo", nas quais 176 pessoas morreram. 

Irã manda prender responsável pelo vídeo de míssil atingindo avião da Ukraine Airlines; na foto, local onde avião caiu Foto: Bloomberg photo by Ali Mohammadi

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Não está clara a situação do detido, cujo vídeo mostra uma espécie de relâmpago no céu e foi publicado pela primeira vez pelo New York Times, e se essa prisão é uma das várias anunciadas ontem pelo judiciário iraniano. 

As investigações estão sendo "exaustivas e alguns indivíduos foram presos", disse Gholamhosein Esmaili, porta-voz do Poder Judiciário, que não detalhou o número de prisões ou a identidade dessas pessoas. 

Por sua parte, o presidente iraniano, Hasan Rohaní, enfatizou que "você não pode culpar um único indivíduo" porque, disse ele, a culpa não é apenas da pessoa que apertou o botão e disparou, mas "há outras". 

Devido à controvérsia gerada, Rohaní pediu ao Judiciário que forme "um tribunal especial com um juiz de alto escalão e dezenas de especialistas" para investigar o caso. 

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O Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines, que cobria a rota Teerã-Kiev, foi abatido logo após decolar do Aeroporto Internacional Imam Joemini em Teerã quando foi confundido com um míssil de cruzeiro, segundo a Guarda Revolucionária Iraniana. 

Os 176 passageiros e tripulantes que estavam a bordo, muitos deles iranianos, morreram, o que gerou uma onda de descontentamento entre a população iraniana. /EFE

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