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Irã promete resposta a pacote de incentivos em 22 de agosto

O governo de Teerã recebeu em 6 de junho um pacote de incentivos para abandonar as atividades de enriquecimento de urânio

Por Agencia Estado
Atualização:

O Irã prometeu nesta quinta-feira emitir em 22 de agosto sua resposta formal a um pacote de incentivos oferecido pelas principais potências nucleares do planeta para que o governo iraniano suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio. O Supremo Conselho de Segurança Nacional do Irã, principal organismo decisório do país, deixou claro que o governo iraniano reconsiderará sua política nuclear se sanções forem impostas e acusou os Estados Unidos de tentarem sabotar a busca por uma solução para o impasse. O conselho não entrou em detalhes, mas autoridades iranianas ameaçaram recentemente retirar o país do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e suspender a colaboração com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU). "O pacote de incentivos requer um tempo lógico de análise e o dia 22 de agosto foi julgado o prazo adequado para que divulguemos nossa posição", anunciou o Supremo Conselho de Segurança Nacional do Irã em declaração lida por um locutor da tevê estatal iraniana. "No caso de o caminho do confronto ser escolhido em detrimento do caminho do diálogo e os direitos do Irã estiverem em risco, não haverá opção a Teerã a não ser reconsiderar sua política nuclear", prosseguia o comunicado. Alemanha, China, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Rússia ofereceram ao Irã em 6 de junho um pacote de incentivos para que o país abandone as atividades de enriquecimento de urânio e receba em troca tecnologia avançada, reatores de pesquisa nuclear e a suspensão das sanções americanas. O enriquecimento de urânio é um processo necessário para a geração de combustível para o funcionamento das usinas nucleares. Em grande escala, o enriquecimento de urânio também pode resultar em material próprio para carregar ogivas atômicas. Os EUA acusam o Irã de desenvolver em segredo um programa nuclear bélico. O governo iraniano nega e assegura que suas usinas atômicas têm fins estritamente pacíficos de geração de energia elétrica.

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