
28 de junho de 2011 | 07h47
O encontro de Teerã permitiu o diálogo entre esses países logo depois do anúncio do presidente dos EUA, Barack Obama, de seu plano de retirada de 33 mil soldados americanos do Afeganistão até setembro de 2012, na semana passada. Os 68 mil restantes devem deixar o país até 2014. No Iraque, a retirada total dos militares americanos deve ser concluída no final deste ano. A partir de 2014, portanto,
"O Paquistão e o Irã compartilham laços históricos", afirmou o presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, durante homenagem a sua mulher e antecessora, Benazir Bhutto, assassinada em 2007. Considerado extremamente perigoso pelo governo americano em termos de proliferação nuclear, o Paquistão joga em dois campos, com a cooperação dos EUA (US$ 1,4 bilhão por ano) e com a proteção aos líderes da Al-Qaeda e do Taleban, como se verificou no caso da execução do terrorista Osama Bin Laden.
O presidente do Iraque, o sunita Jalal Talabani, declarou-se favorável a uma das demandas de seu colega e anfitrião, o xiita Mahmoud Ahmadinejad - remover os 3.400 militantes do grupo insurgente iraniano Mujahedin e-Khalq, atualmente alojados em território iraquiano. Os EUA pressionam o Iraque a mantê-los sob proteção porque seriam perseguidos no Irã.
A conferência trouxe ainda a público o presidente do Sudão, Omar al-Bashir, cuja ordem de prisão está determinada pela Tribunal Penal Internacional. Acusado de ter cometido crimes de guerra e genocídio no Darfur, Al-Bashir disse, durante o evento, haver exagero na definição internacional do terrorismo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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