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Irã quer reunir Conferência Islâmica por insulto à religião

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Manucher Mottaki, pediu a realização de uma reunião extraordinária dos ministros dos países-membros da Conferência Islâmica para tratar "do ataque organizado contra o mundo muçulmano". Segundo informou hoje o Ministério das Relações Exteriores, por meio de um comunicado, Mottaki apresentou seu pedido em uma conversa telefônica com Akmaleddin Ihsan Oglu, secretário-geral da Conferência Islâmica, que reúne 56 países. O ministro iraniano disse que o "insulto" de meios de comunicação de alguns países europeus contra o profeta do Islã requer uma reação da Conferência Islâmica contra essas nações. Por sua parte, Oglu disse que os países islâmicos não tolerarão esses insultos e saudou a proposta iraniana, que deve ser discutida em breve com os Estados-membros da organização, acrescentou a agência oficial Irna. Charges Vários países muçulmanos têm protestado pela publicação por periódicos da Dinamarca e da Noruega de 12 charges sobre o profeta Maomé, cuja representação é proibida no Islã. As charges de Maomé foram publicadas pelo jornal dinamarquês "Jyllands-Posten" em 30 de setembro e reproduzidas pelo norueguês "Magazinet" no último dia 10 de janeiro. Em um dos desenhos, Maomé aparece vestindo um turbante com forma de bomba com um pavio aceso. Uma vez desatada a polêmica, vários meios de comunicação europeus decidiram tornar públicas as imagens, assegurando que as crenças religiosas não devem interpor-se à liberdade de expressão.

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