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Irã reforça segurança após fim de subsídios

Atingido por sanções da ONU, país diz que está tendo dificuldades para arcar com custos de ajudas para alimentos e combustível.

Por BBC Brasil
Atualização:

Motoristas fizeram fila para abastecer antes dos aumentos O Irã reforçou neste domingo a segurança nas principais cidades do país, antecipando-se a aumentos de preços causados pelo fim de subsídios governamentais aos alimentos e os combustíveis. A gasolina ficará quatro vezes mais cara e os aumentos de preço atingirão também o pão. O temor é que se repitam os protestos devido ao racionamento de 2007. Naquele ano, postos de gasolina foram incendiados em meio a protestos. Neste domingo, os relatos são de que a situação permanece normal. Alvo de sanções da ONU, o país diz que está tendo dificuldade de arcar com os cerca de U$ 100 bilhões que paga anualmente em subsídios. Dependente do petróleo, a economia iraniana é objeto de quatro rodadas de sanções da ONU, assim como de países que individualmente decidiram penalizar o governo iraniano pelo seu programa nuclear. Economistas temem que os aumentos de preços, que se aplicarão à eletricidade, água, farinha e combustível, empurrem para cima a inflação, que já ronda os 20% anuais. No sábado, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse que o corte é a "maior cirurgia" na frágil economia do país em meio século. Cada carro ainda terá direito a 60 litros de combustível subsidiado por mês, mas o preço custará quatro vezes mais (o valor passará de US$ 0,10 para US$ 0,40). Mal a medida foi anunciada, motoristas fizeram longas filas nos postos de gasolina para abastecer seus carros. Além disso, o governo começará a reduzir aos poucos o valor do subsídio ao pão, que soma US$ 4 bilhões. As autoridades afirmam que a economia retornará para a população através de um plano de benefícios pago em dinheiro. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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