16 de março de 2011 | 17h07
O governo do Irã convocou seu embaixador no Bahrein para consultas nesta quarta-feira, 16, em protesto contra a repressão de manifestantes xiitas que defendem a queda da monarquia sunita no emirado.
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"Para protestar contra o assassinato do povo bareinita pelas mãos de seu governo, o embaixador do Irã em Manama Mehdi Aghajafari foi retirado do Bahrein", diz comunicado oficial do governo persa. Na linguagem diplomática, retirar o embaixador indica descontentamento.
Mais cedo, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad classificou a repressão, que até agora deixou dez mortos, como má, injustificável e irreparável.
Em Washington, a Casa Branca informou que o presidente americano, Barack Obama, manifestou sua preocupação com a violência usada contra manifestantes aos reis do Bahrein e da Arábia Saudita.
Há dois dias, tropas sauditas e dos Emirados Árabes Unidos entraram no Bahrein para proteger 'locais de interesse'. O rei Hamad bin Isa al-Khalifa decretou estado de sítio e voltou a reprimir manifestantes que ocupavam a Praça Pérola. Desde os inícios dos protestos, em fevereiro, 11 pessoas morreram.
Governado por uma monarquia sunita aliada da Arábia Saudita, o Bahrein, tem 70% da população composta por adeptos do xiismo, vertente do Islã que é maioria também no Irã e no Líbano. Teerã e Riad disputam a hegemonia regional. Etnicamente, no entanto, os iranianos são persas. Libaneses e bareinitas, árabes.
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