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Irã usa Brasil para tentar driblar 'gelo' internacional

Por AE
Atualização:

O Irã não esconde que a aproximação com o Brasil tem um motivo estratégico: mostrar que o governo de Mahmoud Ahmadinejad não está isolado e provar que a pressão em relação a seu programa nuclear vem dos países ricos. Nesta semana, Teerã concluiu parte de um acordo comercial entre países emergentes, liderados pelo Brasil. Para um dos membros do gabinete de Ahmadinejad, que pediu para não ser identificado, os sinais do Brasil em relação a Teerã comprovam que o regime dos aiatolás "não está isolado". "O Brasil é a prova de que não somos um Estado pária", disse. "Mostramos que não estamos sozinhos. A pressão não vem de todos os lados." "O que o acordo comercial mostra é que existe, de fato, uma cooperação entre os países emergentes", afirmou o ministro do Comércio do Irã, Mehdi Ghazanfari, um dos poucos líderes a participar da coletiva de imprensa em Genebra.Aos jornalistas, Ghazanfari não escondeu seu entusiasmo com a relação bilateral. "Há um grande potencial na aproximação política entre Brasil e Irã. Ela é boa e seu futuro será ainda melhor", disse. Membros da equipe econômica do Irã admitiram que a aproximação com o Brasil "vem em um momento muito importante para o país". O Brasil, porém, vem pedindo que o Irã mantenha o diálogo com a comunidade internacional e Amorim disse, esta semana, que a questão nuclear iraniana "preocupa". Para o chanceler, porém, o reforço das sanções não é a solução. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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