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Iraque: 76 mortos em ataques contra sunitas

Por AE
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Uma nova série de atentados matou mais 76 pessoas no Iraque nesta sexta-feira, informaram autoridades, após dois dias de ataques contra xiitas que deixaram dezenas de mortos.O aumento da violência eleva os temores sobre os assassinatos por vingança ocorridos no ápice dos confrontos sectários no Iraque. Desde quarta-feira, 130 pessoas morreram em ataques de natureza aparentemente sectária.Uma bomba explodiu enquanto fiéis estavam saindo da mesquita Saira, na cidade de Baquba, ao norte de Bagdá, enquanto a segundo foi detonada depois que as pessoas de juntaram no local após a primeira explosão, matando um total de 41 pessoas e ferindo 56, informaram policiais e médicos.Em Madain, ao sul de Bagdá, uma bomba colocada à margem de uma via explodiu perto de um cortejo fúnebre de um sunita, matando oito pessoas e ferindo pelo menos 25.Na capital iraquiana, a explosão de uma bomba perto de um shopping center no bairro sunita de Amariyah deixou 21 mortos e 32 feridos. Pouco depois, outra explosão no bairro comercial de Dora deixou quatro mortos e 22 feridos, disseram fontes policiais.Em Faluja, 65 quilômetros a oeste de Bagdá, duas pessoas morreram e nove ficaram feridas na explosão de uma bomba em uma lanchonete, disseram policiais e médicos da cidade.As explosões são a mais recente de uma série de ataques que tiveram como alvo locais frequentados tanto sunitas quanto por xiitas nas últimas semanas e acontecem após dois dias de ações contra alvos xiitas. Na quinta-feira, um suicida matou 12 pessoas na entrada de Al-Zahraa Husseiniyah, um local de culto xiita na cidade de Kirkuk onde parentes de vítimas de atos de violência do dia anterior recebiam condolências. Carros-bomba atingiram três áreas de maioria xiita de Bagdá na quinta-feira, matando dez pessoas. Vinte e uma morreram numa série de ataques contra áreas xiitas da capital um dia antes.Homens armados também mataram o irmão de um parlamentar sunita em Bagdá na quinta-feira. O primeiro-ministro Nuri al-Maliki responsabilizou a intolerância pela violência religiosa. "O derramamento de sangue (...) é resultado do ódio sectário", disse Maliki. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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