Iraque acusa Arábia Saudita de apoiar insurgentes sunitas

Com avanço do Isil, refinaria de petróleo em Baiji foi fechada e funcionários estrangeiros retirados do local

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(Atualizada às 14h) BAGDÁ - O governo iraquiano, liderado pelos xiitas, acusou nesta terça-feira, 17, a Arábia Saudita de apoiar os insurgentes sunitas que avançam no Iraque. O comunicado pode aumentar a polarização sectária no Oriente Médio.

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A Arábia Saudita nega estar por trás do Isil.

"Nós os consideramos responsáveis por apoiarem esses grupos financeira e moralmente e pelo resultado disso, o que inclui crimes que podemos qualificar como genocídio: o derramamento de sangue iraquiano, a destruição de instituições do Estado iraquiano e de locais históricos e religiosos", diz o comunicado.

O Iraque é alvo de um avanço-relâmpago do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isil, na sigla em inglês), que na semana passada ocupou a principal cidade do norte do país, Mossul, e agora avança em direção a Bagdá.

Em Baiji, a maior refinaria de petróleo do Iraque foi fechada e os funcionários estrangeiros retirados do local na noite de segunda-feira 16, disseram autoridades locais. Os empregados iraquianos permanecem em seus postos e os militares ainda controlam a instalação, acrescentaram as autoridades.

"Diante dos recentes ataques de militantes usando morteiros, a administração da refinaria decidiu retirar os trabalhadores estrangeiros em razão de sua segurança e também para fechar completamente as unidades de produção e evitar possíveis danos", afirmou um engenheiro chefe do local em condição de anonimato. Segundo ele, há petróleo e gasolina suficientes para suprir mais de um mês da demanda doméstica.

Mortes. Em Bagdá, a polícia iraquiana afirmou nesta terça que ao menos 44 presos morreram no ataque de insurgentes sunitas a uma delegacia policial. Três policiais disseram que a delegacia, onde há uma pequena cela, foi atacada na noite de segunda.

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Os insurgentes tentavam libertar os presos, suspeitos também sunitas, e entraram em confronto com milícias xiitas, que mataram os prisioneiros. / AP e REUTERS

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