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Iraque condena 24 pessoas à morte por massacre de soldados

Segundo porta-voz da Justiça iraquiana, réus são cidadãos do país; outros 604 suspeitos de ligação com massacre continuam soltos

Atualização:

BAGDÁ - Um tribunal do Iraque condenou 24 pessoas à morte nesta quarta-feira, 8, pelo assassinato de centenas de soldados, a maioria xiitas, capturados no ano passado por militantes do Estado Islâmico (EI) durante uma ofensiva do grupo no norte do território iraquiano.

Cerca de 1.700 soldados foram mortos depois de fugirem do Campo Speicher, antiga base militar dos Estados Unidos ao norte de Tikrit - cidade natal do ex-líder iraquiano Saddam Hussein -, e serem pegos pelos combatentes sunitas.

Em tribunal de Bagdá, mães de soldados iraquianos exibem fotos de filhosmortos pelo Estado Islâmico em 2014 Foto: Karim Kadim/AP

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Os vídeos dos militares sendo mortos a tiros, publicadas na internet pelos jihadistas, se tornaram um símbolo da brutalidade do Estado Islâmico e podem representar o maior ato isolado de violência em uma década de guerra sectária intermitente no Iraque.

Em um veredicto rápido, o tribunal emitiu nesta quarta-feira as penas capitais horas após o início do julgamento, com base no que um porta-voz descreveu como provas contundentes e confissões dos réus condenados.

“Hoje o tribunal criminal central do Iraque emitiu uma pena de morte contra 24 pessoas condenadas pelo massacre de Speicher”, disse Abdul-Sattar Birqdar, porta-voz do Supremo Conselho Judicial do Iraque.

Ele afirmou que todos os julgados e sentenciados são cidadãos iraquianos. Outros 604 suspeitos procurados por sua ligação com o massacre continuam livres, acrescentou Birqdar. / REUTERS

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