O governo iraquiano desmentiu a captura de Abu Omar al-Baghdadi, líder do Estado Islâmico do Iraque, grupo insurgente supostamente ligado à Al-Qaeda, como havia informado na sexta-feira a rede de televisão al-Iraqiya. "A pessoa que foi detida a oeste da capital não é o líder do Estado Islâmico do Iraque, mas um importante líder da Al-Qaeda no país", disse Qasem al Musawi, porta-voz oficial do plano de segurança para Bagdá, em uma breve declaração também emitida pela emissora al-Iraquiya. O desmentido de Musawi foi feito pouco após a emissora ter informado que, segundo fontes do Parlamento iraquiano, Baghdadi havia sido capturado nas proximidades de Abu Ghraib, entre Bagdá e Faluja, a oeste da capital iraquiana. No ano passado, uma aliança de grupos radicais islâmicos anunciou a criação do Estado Islâmico do Iraque, com suposta autoridade sobre as províncias de Diyala, Salah ad-din, Ninive, al-Anbar e uma área de Bagdá e da província de Babel, todas de maioria árabe sunita. Com o surgimento do grupo, Bagadadi foi proclamado "emir" (líder) do Estado, que pouco tempo depois recebeu o apoio da Al-Qaeda. O "Estado Islâmico do Iraque" assumiu a autoria, na semana passada, dos seqüestros e assassinatos de 18 policiais de elite e de funcionários da região de Diyala, como vingança pelo recente estupro de uma mulher sunita por xiitas. A organização também protagonizou há três dias o assalto à prisão de Mossul, em que 140 réus foram libertados, entre eles vários líderes da Al-Qaeda e de outros grupos radicais islâmicos.