13 de maio de 2015 | 14h24
BAGDÁ - O Ministério da Defesa do Iraque disse nesta quarta-feira, 13, que o segundo homem no comando do Estado Islâmico (EI) foi morto durante um ataque aéreo da aliança liderada pelos Estados Unidos a uma mesquita onde ele estava reunido com outros militantes, no norte do país.
"Com base em informações precisas de inteligência, um ataque aéreo das forças da aliança atingiram o segundo no comando do Estado Islâmico, Abu Alaa al-Afari", disse o ministério em nota divulgada em seu site. O material publicado no site do ministério inclui também um curto vídeo que mostra o momento exato que o local identificado como a mesquita é bombardeado pela coalizão (assista no blog Radar Global).
Abu Alaa al-Afari, cujo nome real é Abdul Rahman Mustafa Mohamed, é de etnia turcomena, da cidade de Tel-Afar, no noroeste iraquiano. Ele é considerado o segundo na hierarquia de comando do Estado Islâmico, após o autoproclamado califa Abu Bakr al-Baghdadi. O Pentágono informou que estava ciente dos relatos, mas não poderia confirmá-los.
Segundo alguns relatos, Baghdadi teria ficado incapacitado devido a um ataque aéreo na mesma parte do Iraque recentemente, e Afari era apontado como possível sucessor na liderança da organização. O Pentágono negou essas informações, dizendo que Baghdadi continua capaz de direcionar operações e não foi ferido em nenhum ataque.
Uma aliança de mais de 60 países, liderada pelos Estados Unidos, iniciou uma campanha no ano passado para "degradar e destruir" o EI, grupo militante islâmico que tomou grandes áreas no norte do Iraque e da Síria.
Não foi possível confirmar de forma independente o relato do Ministério da Defesa iraquiano e, no passado, o governo iraquiano já anunciou equivocadamente a morte de outros militantes do grupo extremista.
O analista de segurança iraquiano Hisham al-Hashimi, que acompanha de perto o EI, disse que a morte de Afari ainda não foi confirmada. Segundo Hashimi, o ataque aéreo matou também Akram al-Qurbash, conhecido como Mulla Meisar, que tinha assumido recentemente a segurança do EI na província de Nínive. / REUTERS
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