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Iraque esconde armas químicas em bunkers subterrâneos

Por Agencia Estado
Atualização:

O Iraque está movendo algumas de suas fábricas de armas químicas para bunkers subterrâneos, informou ontem uma fonte do governo dos Estados Unidos. A medida torna mais difícil a missão de colocar essas armas fora de uso, mas os EUA ainda podem usar bombas e outras armas para destruir esses bunkers. A fonte, que falou sob condição de anonimato, não explicou como o governo americano descobriu a manobra iraquiana. Alguns funcionários da administração do presidente George W. Bush, entre eles o vice-secretário de Defesa, Paul Wolfowitz, querem que o Iraque seja atacado como parte da operação contra o terrorismo. A maioria, entretanto, pede para que os alvos sejam restringidos ao terrorista Osama bin Laden e sua organização, a Al-Qaeda. De acordo com um relatório do Departamento de Defesa dos EUA publicado em janeiro, o Iraque reconstruiu algumas de suas fábricas de armas químicas depois do fim da Guerra do Golfo e tem capacidade para desenvolver essas armas com rapidez. Os militares iraquianos chegaram a usar armas químicas contra iranianos e curdos no norte do Iraque. Um documento encontrado por inspetores da ONU, mas capturado por funcionários iraquianos indica que Saddam Hussein pode ter escondido cerca de 6 mil armas depois do fim da Guerra do Golfo. Carta - Enquanto isso, diplomatas iraquianos em Nova York e Washington receberam cartas contendo um pó suspeito. De acordo com o embaixador do Iraque na ONU, Mohammed al-Douri, as duas cartas foram levadas à polícia para serem analisadas. Uma delas não apresentou traços de antraz ou de outra bactéria. O resultado do exame da segunda carta ainda é aguardado. Al-Douri disse que o funcionário que abriu a correspondência deve ficar em observação por, pelo menos 24 horas, mas ele não tomou nenhum antibiótico nem apresentou nenhum sintoma de qualquer doença O embaixador disse espera "este tipo de ação" por causa da suspeita de que o Iraque tenha participado dos ataques terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos e pode ser acusado pela onda de cartas com antraz enviadas para várias cidades americanas. Ele negou o envolvimento de seu país nos dois casos. "Eu pessoalmente estou em paz, porque eu considerou meu país muito longe do que está acontecendo aqui em Nova York, não somente na questão do antraz, mas também na questão do incidente de 11 de setembro", disse Al-Douri. Leia o especial

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