BAGDÁ - O Iraque anunciou formalmente nesta terça-feira, 26, o início de uma operação militar para a libertação da província de Anbar, onde fica Ramadi, das mãos do Estado Islâmico. O anúncio do início da ofensiva foi feito pelo Comando de Operações Conjuntas, segundo a televisão oficial Al- Iraquiya.
Ahmed al-Assadi, um porta-voz dos paramilitares xiitas conhecidos como Hashid Shaabi, que estão participando da operação, disse que a operação será chamada "Labeyk Ya Hussein".
Grandes áreas de Anbar estão sob o controle do EI, que tomou a capital Ramadi no dia 17 - um duro golpe para o governo iraquiano.
Uma fonte de segurança explicou à Agência Efe que as forças iraquianas avançaram no interior de Ramadi e chegaram até a Universidade de Anbar, no sul da cidade, tomando o controle de áreas do complexo. A campanha conta com apoio aéreo da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, e do Exército iraquiano.
Tanto nas operações nessa cidade, como em toda a província, participam efetivos do Exército e da polícia, milicianos xiitas da chamada "Multidão Popular" e combatentes voluntários tribais sunitas.
Na segunda-feira, a "Multidão Popular" e a coalizão internacional começaram a bombardear posições do EI em Ramadi e seus arredores, como prelúdio à ofensiva do Exército iraquiano.
O primeiro-ministro do Iraque, Haidar al-Abadi, disse à rede de televisão britânica BBC que Ramadi pode ser recuperada em questão de dias, mas para isso será necessário o apoio da comunidade internacional.
Nos últimos dias, alguns combates já haviam sido registrados em áreas situadas a leste de Ramadi, para onde foram enviados reforços militares com o objetivo de iniciar uma ofensiva maior contra o EI.
A queda de Ramadi causou o deslocamento de milhares de famílias e desbaratou os planos das autoridades iraquianas, que após a libertação da província de Saladino, no final de março, acreditavam que conseguiram expulsar rapidamente os jihadistas de Anbar. /EFE e REUTERS