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Iraque nega "lacunas" em seu relatório

Por Agencia Estado
Atualização:

O principal assessor científico do presidente iraquiano, Saddam Hussein, negou hoje que o relatório de armas apresentado pelo país à ONU estivesse incompleto, e a imprensa oficial do Iraque desafiou os EUA e o Reino Unido a apresentarem provas de que o país esconde armas de destruição em massa. Amir al-Saadi, o conselheiro presidencial, disse a uma delegação da África do Sul que poderia citar informações do relatório para refutar as alegações de que o Iraque não eliminou todas as armas proibidas. ?Posso dizer que as pessoas que dizem haver brechas não leram (o relatório)?, afirmou. ?Não há lacunas, e eu posso lhe dizer onde achar as respostas pelo número de página ou tabela?, disse. Ele se referiu às questões levantadas por autoridades americanas e britânicas como sendo ?comentários tirados da manga por gente tendenciosa?. Al-Saadi não mencionou as queixas feitas ao relatório por Hans Blix e Mohamed El-Baradei, líderes das agências da ONU que atualmente conduzem inspeções em solo iraquiano. Em Nova York, Blix disse que o relatório ?falhou em responder a um grande número de questões?, mas que até o momento os inspetores da ONU não encontraram provas cabais contra o país do Oriente Médio. Chipre O principal agente de ligação entre as autoridades iraquianas e o time de inspetores da ONU, general Hossam Mohammed Amin, disse hoje que um dos inspetores fez uma solicitação, ?oral?, para levar cientistas iraquianos para a ilha de Chipre, a fim de interrogá-los. O general afirmou que a posição iraquiana é de que os cientistas devem decidir por conta própria se vão a Chipre ou não, mas que ?ninguém está pronto para ir ao exterior para uma entrevista? com os inspetores. Amin também informou ter-se queixado com as Nações Unidas sobre perguntas ?ambíguas? que, segundo ele, os inspetores vêm fazendo.

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