PUBLICIDADE

Iraque prende 11 por negligência após piores atentados do ano

Explosões de caminhões-bomba mataram 95 na quarta-feira.

Por BBC Brasil
Atualização:

A polícia iraquiana prendeu nesta quinta-feira 11 funcionários das Forças de Segurança do país acusados de negligência após os ataques que mataram 95 pessoas no dia anterior em Bagdá. Os ataques, causados por dois caminhões-bomba que explodiram perto de prédios ministeriais, foram os piores deste ano no país. Os 11 detidos são comandantes da polícia e do Exército, responsáveis pela segurança, tráfego e serviço secreto na capital iraquiana, de acordo com o porta-voz militar Qassim Al-Moussawi. Ele disse que os ataques representam uma falha de segurança pela qual os oficiais iraquianos devem ser responsabilizados. Outro porta-voz militar, Qassin Ata, disse que existem leis que deveriam impedir a entrada na cidade de caminhões como os que explodiram na quarta-feira. Bicicleta-bomba As medidas de segurança em Bagdá foram endurecidas depois dos ataques, e o premiê, Nouri Al-Maliki ordenou a revisão dos mecanismos de segurança. O governo responsabilizou a rede Al-Qaeda e simpatizantes do ex-líder Saddam Hussein pelo ataque. Correspondentes dizem que o ocorrido levanta dúvidas quanto à capacidade de o Iraque proteger sua população após a saída das tropas americanas das principais cidades do país, em junho. A prefeitura de Bagdá iniciou um apelo por doações de sangue, dizendo que os estoques são pequenos para atender a grande quantidade de feridos, mais de mil, nas explosões. Apesar do endurecimento das medidas de segurança ocorreu outro ataque em Bagdá nesta quinta-feira. Uma bicicleta carregando uma bomba explodiu em um restaurante, matando duas pessoas e ferindo dez. A violência atual no Iraque é menor do que a registrada no período entre 2006 e 2007, quando o país foi palco de uma série de atentados. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.