
12 de dezembro de 2009 | 19h00
A sessão especial do Parlamento foi convocada para questionar os encarregados da segurança iraquiana sobre as falhas na segurança, que permitiram o ataque na capital. "Os ministros disseram que não podiam garantir que tais operações não serão repetidas", disse Al-Ibadi após o encerramento da sessão. Segundo ele, funcionários dos ministérios do Interior e forças de segurança de Bagdá obtiveram pistas sobre os ataques suicidas na terça-feira. "E esta informação foi divulgada para as forças de segurança, mas havia pouco tempo para que elas pudessem interrompê-los", disse.
Nenhum dos altos funcionários de segurança falou em público após a sessão. Mais tarde, a emissora estatal de televisão Al-Iraqiya mostrou imagens de Al-Obeidi e do ministro do Interior, Jawad al-Bolani, falando ao Parlamento. As declarações, porém, não continham comentários sobre as pistas. Al-Bolani defendeu as forças de segurança iraquiana e disse que as autoridades impediram um dos atacantes de atingir um dos alvos, que era o Ministério do Trabalho.
Al-Bolani também elogiou a polícia iraquiana por ter confrontado um atacante em outra área de Bagdá. "Acho que as forças de segurança cumpriram suas tarefas, e a prova é que os terroristas não conseguiram atingir os alvos que haviam planejado" em alguns casos, disse Al-Bolani, nas imagens transmitidas.
Mas o Parlamento não ficou satisfeito. Os deputados exigiram uma explicação adequada para o fato de os suicidas terem entrado no centro de Bagdá, onde a segurança é reforçada, para lançar cinco bombas, todas detonadas uma hora depois da outra.
Al-Ibadi disse que os responsáveis pela segurança lembraram que foi aberto fogo contra três dos suicidas, que ainda assim conseguiram detonar os carros que dirigiam. Um quarto carro-bomba não foi indentificado antes da detonação.
Em outras imagens mostradas pela Al-Iraqiya, Al-Obeidi disse que as forças de segurança enfrentam um enorme desafio, porque os carros-bomba são cada vez mais construídos em lojas de Bagdá e preparados nas proximidades de seus alvos. Ele também tentou transferir parte da culpa para o Parlamento, reclamando que funcionários do Exército e da inteligência do país não têm dinheiro para recrutar informantes. Um comunicado oficial detalhando a reunião diz que Al-Bolani afirmou que as falhas na segurança ocorreram por conta de mal-entendidos, burocracia e brigas dentro do governo.
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