Iraque será castigado se mentir sobre armas, diz Blair

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Por Agencia Estado
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Saddam Hussein poderá enfrentar "sérias conseqüências" caso negue que o Iraque possui armas de destruição em massa, sugeriu hoje o primeiro-ministro britânico, Tony Blair. "Não temos nenhuma dúvida de que (Saddam) tem armas de destruição em massa. De maneira que esperamos ouvir o que ele tem a nos dizer", disse Blair em uma entrevista coletiva. "Mas sempre deixamos claro que esperamos uma declaração honesta de Saddam. Se descobrirmos que a declaração é desonesta, então por certo seria uma transgressão material", acrescentou. Perguntado se isto colocaria o Iraque em posição de enfrentar as "sérias conseqüências" estipuladas na resolução da ONU, Blair afirmou que "temos os inspetores lá, e são eles quem declararão qual é a situação e o que descobriram". "Mais uma vez quero enfatizar que não se trata de um jogo de esconde-esconde. Não é um jogo no qual os inspetores vão para ver se podem encontrar o material e ver se ele (o líder iraquiano) pode ocultá-lo", acrescentou Blair. "Se (Saddam) formular uma declaração falsa, será uma transgressão e isto está claro". Uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas exige que Bagdá forneça detalhes até o próximo 8 de dezembro sobre seus arsenais e programas para desenvolver armas químicas, biológicas e nucleares. Pesquisa Uma pesquisa da firma ICM para o jornal The Guardian, publicada hoje, mostra que os britânicos estão divididos com relação a uma guerra contra Saddam. O levantamento mostrou que 39% dos entrevistas apoiam uma ação militar, sete pontos porcentuais a mais que em uma pesquisa similar divulgada há três semanas. De acordo com a sondagem, 40% se opõem à guerra, em comparação com os 41% da última pesquisa. A margem de erro é de três pontos porcentuais (para mais ou para menos).

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