Iraquianos festejam os 65 anos de Saddam Hussein

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Por Agencia Estado
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Os iraquianos celebraram hoje o aniversário de 65 anos do presidente Saddam Hussein, em meio a uma mostra de lealdade ao governo, cujo principal tema do último ano foi o desafio à decisão dos EUA de esmagar o governo de Bagdá. O presidente norte-americano, George W. Bush, classificou Saddam como uma ameaça ao próprio povo iraquiano, à região e ao mundo. Alguns meios de comunicação estatais aclamaram o aniversário de Saddam como o renascimento de um Iraque "livre e vitorioso contra o colonialismo anglo-americano-sionista". Nas principais festividades do dia, realizadas em Tikrit, a cidade onde Saddam foi criado, a 160 quilômetros ao norte de Bagdá, várias meninas dançaram danças árabes tradicionais e agitaram bandeiras iraquianas e palestinas. Um grupo de cantores elogiou Saddam como símbolo da "dignidade e orgulho" do país. As homenagens, transmitidas pela televisão estatal, coroaram vários dias de celebrações em todo o país. Os festejos, que vêm sedo realizados pontualmente desde 1985, mostram o grau do controle que Saddam tem sobre o Iraque. Hoje, em Bagdá, dezenas de milhares de iraquianos saíram às principais ruas portando fotografias de Saddam e bandeiras de seu país. "Saddam é nosso líder para sempre", gritavam. Saddam tem se mostrado um simpatizante dos palestinos e ordenou o pagamento de até US$ 25.000 para as famílias dos militantes suicidas desde que a violência no Oriente Médio voltou a piorar, em setembro de 2000. Recentemente, Saddam ordenou também o pagamento da mesma quantia aos palestinos por cada casa destruída pelos israelenses no campo de refugiados de Jenin. Os governos árabes advertem os Estados Unidos que caso ataquem agora o Iraque inflamariam ainda mais os sentimentos anti-americanos entre muitos países islâmicos, que acusam Washington de favorecer incondicionalmente Israel no conflito contra os palestinos.

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