O irmão de um refém britânico capturado no Iraque acusou os Estados Unidos de sabotar esforços para salvar sua vida. Paul Bigley disse à rádio BBC que viu crescer a esperança de salvar o irmão, Kenneth, quando um porta-voz do Ministério da Justiça do Iraque anunciou que uma prisioneira iraquiana seria libertada, apesar de frisar que a decisão não estava relacionada com a exigência dos captores. Mas logo depois, um porta-voz da Embaixada dos EUA descartou qualquer libertação imediata. Os seqüestradores exigem, para poupar a vida de Kenneth, que todas as mulheres muçulmanas sejam libertadas das prisões controladas pelas forças de ocupação no Iraque. O Exército dos EUA afirma que apenas duas mulheres estão sob sua custódia, duas ex-funcionárias de Saddam Hussein que teriam promovido pesquisas no campo de armas químicas e biológicas. "Um juiz tomou uma decisão legal de libertar três pessoas, uma mulher e dois homens. O Ministério da Justiça endossou a decisão, e esse senhor declarou isso à imprensa mundial", disse Paul. "Baseado nisto, junto com meu pessoal fazendo lobby nos bastidores no Oriente Médio, tivemos uma suspensão da execução e salvamos a vida de meu irmão por pelo menos 24 horas", contou. "Foi um raio de luz num túnel grande, comprido, escuro, úmido, sujo, frio. Agora, isso foi sabotado".