Irmão do vice-presidente iraquiano é assassinado

Homens armados entraram na casa de Al-Hashemi, que foi assassinado a tiros; o vizinho da vítima, oficial do exército, foi seqüestrado pelo grupo

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Por Agencia Estado
Atualização:

Homens armados trajando uniformes militares assassinaram o irmão do vice-presidente sunita do Iraque nesta segunda-feira, no terceiro caso em poucos meses de um irmão de Tariq al-Hashimi morto em meio à persistente onda de violência que assola o país. O general Amir al-Hashimi, um conselheiro do Ministério da Defesa e irmão do vice-presidente Tariq al-Hashimi, foi morto por homens armados que invadiram sua residência na zona norte de Bagdá, disse o general de brigada Qassim al-Moussawi, porta-voz do ministério. Os agressores trajavam uniformes militares, prosseguiu. Segundo a emissora do PII, dirigida por Tareq al-Hashemi, o ataque aconteceu às 7h (1h no horário de Brasília), no bairro Al-Sulaij. De acordo com o relato oferecido por uma rádio e por outros meios de comunicação locais, após o assassinato o mesmo grupo seqüestrou o vizinho de Amre Ahmed, Abdallah Mahmoud Al-Sabah, também oficial do Exército, além de sua esposa e seus dois filhos. A morte do general ocorre apenas cinco meses depois de a irmã e de um outro irmão do vice-presidente terem sido assassinados num intervalo de apenas duas semanas em crimes cometidos na capital iraquiana. Tariq al-Hashimi é o mais destacado político sunita iraquiano do Iraque pós-Saddam Hussein. Políticos sunitas atribuem os assassinatos dos familiares de Hashimi ao fracasso do governo iraquiano, dominado por xiitas, no combate a esquadrões da morte. O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, denunciou o assassinato como "um terrível crime terrorista". Insurgentes têm atacado com certa freqüência familiares de destacados políticos iraquianos com o objetivo aparente de intimidar os líderes do país. Incidências Enquanto isso, a explosão de um carro-bomba em um mercado estabelecido num bairro xiita de Bagdá deixou 10 mortos e 23 feridos. Também 11 soldados iraquianos foram seqüestrados num ataque a um posto militar em Cidade Sadr, um empobrecido distrito de maioria xiita de Bagdá. Soldados americanos e iraquianos ingressaram na noite em Cidade Sadr e durante um conflito mataram um combatente do Exército Mahdi, segundo o xeque Muhamad al-Fartousi, funcionário do movimento de al-Sadr na área. Episódios de violência ocorridos nesta segunda-feira em outras partes do Iraque resultaram na morte de mais 13 pessoas, entre elas cinco policiais. No mesmo dia, o comando do Exército dos Estados Unidos informou que mais três fuzileiros navais americanos morreram no último domingo no oeste do Iraque. As mortes elevam a 32 o número de militares americanos mortos em solo iraquiano desde o início de outubro.

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