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Irritados com filas, italianos quebram urnas

Por Agencia Estado
Atualização:

Eleitores italianos, irritados com as longas filas para votar, destruíram várias urnas e mesas nos postos de votação no domingo. Em alguns lugares, as filas se estenderam até as 4h30 da manhã desta segunda-feira (na Itália), deixando os eleitores ainda mais nervosos. Muitas pessoas, os mais idosos, particularmente, simplesmente desistiram de votar e voltaram para suas casas. Cinco deles não suportaram o calor e desmaiaram e Serafino Bindi, um senhor de 88 anos, com problemas cardíacos, não resistiu e faleceu em uma fila na cidade de Grosseto. Os oficiais italianos disseram que as longas filas foram causadas por um número menor de postos de votação. O governo decidiu reduzir o número de postos para economizar verbas. "O clima quente também pode ter influenciado", disse Rosa Russo Jervolino, candidata à prefeita da Olivo, coalizão de centro-esquerda, para a cidade de Nápoles. Em Nápoles, a polícia registrou três ataques a postos de votação, onde os eleitores quebraram mesas e destruíram urnas. A votação nesta cidade se encerrou a 1h30 da manhã de segunda-feira. Em outras cidades, as votações se prolongaram até as 4h30 de hoje. Berlusconi - O magnata e líder direitista Silvio Berlusconi liderava as eleições gerais italianas, segundo projeções do instituto Abacus, divulgadas na madrugada de hoje. As pesquisas dão vantagem para a coalizão de centro-direita Casa das Liberdades sobre a coalizão de centro-esquerda Olivo nas duas casas do Parlamento. Na Câmara, a frente de Berlusconi chegaria a 46% dos votos em comparação com os 43,1% da coligação de Francesco Rutelli - uma diferença de apenas 3%. No Senado, a Casa das Liberdades somaria 43,7% e a Olivo, 39,1% - uma diferença de 4%. Com base nesses resultados, mesmo apertados, Berlusconi conquistaria maioria parlamentar para governar o país. "Tratando-se de projeção não oficiais é melhor ter mais cautela, pois segundo nossas pesquisas a diferença não é exatamente essa", disse o porta-voz da Olivo, Pietro Folena, lembrando erros de avaliação de pleitos anteriores.

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