Israel acelera vacinação e tem esperança de sair da pandemia em março

Governo decretou novo confinamento para restringir a disseminação do vírus

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Por Redação
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JERUSALÉM (Reuters) - Israel iniciou neste domingo o que as autoridades esperam ser o último bloqueio para restringir a proliferação do coronavírus, ao mesmo tempo em que acelera as vacinações a tal ritmo que o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu diz esperar que o país consiga emergir da pandemia em março.

Se a promessa se cumprir, deverá ajudar Netanyahu a manter as esperanças de sua reeleição após alguns passos em falso que incluíram a suspensão de uma primeira quarentena contra o vírus e declaração prematura de vitória em maio.

Loja de falafel fechada em Jerusalém por causa do terceiro confinamento em Israel desde o início da pandemia Foto: EFE/Pablo Duer

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Desde o início da vacinação, uma semana antes do lançamento da campanha da União Europeia neste domingo, o sistema de saúde centralizado de Israel administrou 280 mil vacinas, o ritmo mais rápido do mundo.

Está em estudo a abertura de postos de vacinação 24 horas por dia e 7 dias por semana. Netanyahu quer que o número diário de doses administradas seja dobrado para 150 mil doses até o próximo fim de semana.

Isso pode permitir a vacinação de metade dos 9 milhões de israelenses até o final de janeiro. O país registrou quase 400 mil casos de covid-19 e 3.210 mortes.

“Assim que terminarmos com esse estágio, em 30 dias poderemos emergir do coronavírus, abrir a economia e fazer coisas que nenhum país pode fazer”, disse Netanyahu em um discurso pela televisão.

O primeiro-ministro conservador concorre às eleições de 23 de março, convocadas depois que sua coalizão governista entrou em colapso neste mês.

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Uma pesquisa do Instituto de Democracia de Israel divulgada neste domingo revelou que 40,8% do público deu ao governo avaliações positivas pela forma como lidou com os aspectos médicos da crise, enquanto 32,2% avaliaram negativamente. Nos aspectos econômicos, as avaliações do governo foram 52,8% negativas e 19,7% positivas. / REUTERS

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