Israel acredita que confrontos entre palestinos se agravarão

Para serviço secreto do país, o Hamas e o Fatah devem intensificar combates

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Por Agencia Estado
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O Shabak, serviço secreto de Israel, considera que os confrontos armados na Autoridade Nacional Palestina (ANP) se agravarão nos próximos meses, já que, tanto o movimento nacionalista Fatah como o Hamas estão armazenando armas. "Do ponto de vista israelense, acreditamos que os enfrentamentos na ANP continuarão, e inclusive se agravarão, porque as partes estão tentando acumular força e armas, e preparam-se para o próximo ciclo de violência", afirmou o subchefe do Shabak, cuja identidade não pode ser divulgada ao público. Ele acrescentou que o cessar-fogo decretado este fim de semana, depois da morte de cerca de 30 pessoas em Gaza, não tem reflexos de estabilidade. O alto comando fez essa avaliação neste domingo, na reunião semanal do Conselho de Ministros, presidido pelo primeiro-ministro Ehud Olmert, que afirmou que "Israel não está envolvida" na escalada da violência entre os palestinos. Olmert disse que "Israel não se alegra com estes enfrentamentos, porque (a situação) não acrescenta nada ao processo que queremos iniciar". "Esperamos que esta onda de violência acabe, assim como a violência contra nós", acrescentou. O primeiro-ministro explicou que, embora Israel não faça parte da onda de violência entre os palestinos, também não existem dúvidas sobre qual é o lado preferido: "Estamos interessados em que as idéias expostas por Abu Mazen (o presidente Mahmoud Abbas) sejam as que definam as linhas do próximo governo, e não as do Hamas". Sobre este último movimento, reafirmou sua posição de que se o Hamas aceitar as condições do Quarteto de Madri - reconhecer Israel e os acordos assinados até agora, pôr fim à violência e libertar o soldado Gilad Shalit - seria um parceiro para a paz.

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