Israel acredita que Hezbollah perde popularidade no Líbano

País também afirma que número de milicianos mortos desde o início da ofensiva oscila entre 250 e 400

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Por Agencia Estado
Atualização:

Israel considera que o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, perdeu popularidade entre a sociedade libanesa, que supostamente já não o considera um defensor, e sim seu carrasco. "Nasrallah deixou de ser o defensor do Líbano para se transformar em seu destruidor; isso está claro na sociedade libanesa", afirmou neste domingo o general Amos Yadlin, chefe do Serviço de Inteligência Militar, em um comparecimento perante o Conselho de Ministros israelense. O militar explicou que o debate na opinião pública libanesa revela que a imagem do líder fundamentalista se enfraqueceu, e ele não é mais considerado "um líder regional da resistência" árabe. "Ele está sendo considerado um demônio escondido em um bunker; suas previsões de como Israel reagiria, de como estava preparado, de quanto a população civil israelense agüentaria, estavam todas erradas", explicou. Yadlin afirmou que "o Hezbollah tem agora uma capacidade de dissuasão muito menor" que antes do começo do conflito, em 12 de julho. As análises sobre a capacidade de comando de Nasrallah e seu status no movimento xiita, após a grande ofensiva lançada por Israel em 12 de julho, sempre preocuparam os serviços de informação do Exército, atentos à opinião da população no mundo árabe. "Agora, ele é percebido mais como um peso que como um trunfo", assegurou o militar. Ainda assim, Yadlin explicou aos ministros que Nasrallah não se considera contra a parede porque "a Síria e o Irã continuam o apoiando". Mortos Segundo Yadlin, o número de milicianos do Hezbollah mortos nos combates com Israel desde o dia 12 de julho até hoje oscila entre 250 e 400. "O Serviço de Informação foi informado da morte de 165 terroristas e sabe seus nomes, e cerca de 200, segundo nossas avaliações, estão sob os escombros de edifícios", assegurou o general. Desde o começo da ofensiva o Hezbollah não confirmou o número de baixas que sofreu, nem nos mais de 4.400 ataques aéreos israelenses nem nas incursões por terra. Yadlin acrescentou que a ofensiva israelense causou graves danos ao poderio militar do Hezbollah, particularmente em seus foguetes de médio e longo alcance. O Exército também reconheceu que encontrou grandes dificuldades para destruir as lançadeiras de foguetes Katiusha de curto alcance, muito mais difíceis de localizar.

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