Israel acusa Hamas de endurecer exigências para libertação de Shalit

Enviados israelenses afirmam que negociações sobre troca de prisioneiros terminaram sem acordo.

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Por BBC Brasil
Atualização:

O governo de Israel acusou nesta segunda-feira o movimento palestino Hamas de endurecer sua posição nas negociações para a troca de prisioneiros palestinos por um soldado israelense capturado em 2006. Segundo o governo, os dois dias de discussões indiretas sobre a questão no Egito terminaram sem nenhum acordo. As negociações envolvem a tentativa libertação do soldado israelense Gilad Shalit, capturado em junho de 2006 por militantes palestinos. O Hamas exige a libertação de centenas de prisioneiros sob custódia israelense em troca do soldado. Os dois enviados israelenses para as negociações, Yuval Diskin e Ofer Dekel, deixaram o Cairo na noite desta segunda-feira, de acordo com o jornal israelense Haaretz . Segundo eles, nos últimos dias, o Hamas endureceu suas posições sobre a possível troca de prisioneiros, aumentando suas demandas nas negociações e voltando atrás em pontos que já haviam sido acordados. O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, deve fazer uma reunião especial com seu gabinete nesta terça-feira para discutir como prosseguir nas negociações. "O governo israelense vai se reunir na manhã (de terça-feira) e os ministros serão informados sobre as negociações. Se for preciso tomar decisões, elas poderão ser tomadas", afirmou o porta-voz do governo israelense, Mark Regev. O governo de Israel coloca a libertação do soldado como uma pré-condição para uma trégua mais ampla em Gaza e a suavização do bloqueio à região, alvo de uma ofensiva israelense entre dezembro e janeiro que deixou mais de 1,4 mil palestinos mortos. De acordo com o jornal Haaretz , Israel e o Hamas aparentemente estavam próximos de um acordo sobre o número de prisioneiros palestinos que seriam liberados em troca da libertação de Shalit. Olmert fez da questão da libertação do soldado uma das bandeiras de seu governo, mas ele agora tem apenas mais algumas semanas no cargo antes de ser substituído pelo próximo premiê, Binyamin Netanyahu. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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