PUBLICIDADE

Israel apoiará diálogo com Irã, diz Peres nos EUA

Por AFP e WASHINGTON
Atualização:

Após se reunir ontem com seu colega Barack Obama em Washington, o presidente israelense, Shimon Peres, afirmou que "Israel deve apoiar com lealdade os esforços da Casa Branca" para negociar com o Irã. "Se (a diplomacia) der certo, será a melhor coisa", declarou Peres a jornalistas. A presidência israelense é um cargo cerimonial, já que país tem um sistema parlamentarista. O primeiro-ministro Binyamin "Bibi" Netanyahu deve se encontrar com Obama em duas semanas. No entanto, a declaração de Peres, ex-premiê e veterano da política israelense, foi interpretada como o primeiro sinal de que Israel poderá fazer concessões significativas para evitar um desgaste com o governo Obama. Segundo Peres, Washington deve tentar resolver os impasses com o Irã por meio do diálogo. Mas o israelense disse que nenhuma opção contra Teerã deve ser retirada da mesa, caso a diplomacia falhe. Em discurso em um dos principais grupos de lobby pró-Israel nos EUA, o vice-presidente Joe Biden exortou Bibi a aceitar a criação de um Estado palestino - solução não endossada pelo novo governo direitista israelense. "Israel deve trabalhar por uma solução de dois Estados. Vocês não vão gostar de me ver falando isso, mas não se pode mais construir assentamentos, deve-se desmantelar os postos avançados e permitir a circulação de palestinos", disse Biden. FAIXA DE GAZA O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse ontem que exigirá de Israel o pagamento de US$ 11 milhões pela destruição de bens da organização durante as três semanas de guerra na Faixa de Gaza, em janeiro. A decisão foi tomada após a divulgação de um inquérito da ONU que denuncia a "grande negligência" israelense. Entre as propriedades da organização destruídas está uma escola mantida pela ONU. Ban, porém, disse que não seguirá a sugestão do documento de ampliar as investigações.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.