10 de março de 2014 | 18h29
"Há aqueles que preferiam que nós não realizássemos esta entrevista coletiva aqui hoje, eles se sentem desconfortáveis que mostramos o que realmente está ocorrendo dentro do Irã", disse Netanyahu, com o navio capturado e as embarcações israelenses envolvidas na operação ao fundo e acompanhado do ministro da Defesa israelense. "O Irã, um regime brutal, não abandonou o seu forte envolvimento em terrorismo e os seus esforços sistemáticos para minar a paz e a segurança ao longo do Oriente Médio e sua ambição de destruir o Estado de Israel."
Um oficial militar mostrou uma nota de conhecimento de carga e outras evidências que ligariam o navio ao Irã, incluindo sacos de cimento com a indicação "Fabricado no Irã" e vedações metálicas na carga que indicariam que ela foi inspecionada por autoridades de aduana iranianas antes de ser embarcada no navio Klos C, de bandeira panamenha.
O Irã nega qualquer ligação com a carga e acusa Netanyahu de encenar a interceptação, que ocorreu enquanto ele estava nos Estados Unidos, para inviabilizar a melhoria das relações de Teerã com o Ocidente. O grupo militante Hamas, que governa Gaza, e o grupo Jihad Islâmica, que têm laços com o Irã, também disseram não ter ligação com as armas apreendidas.
Israel acredita que o Irã está tentando construir uma arma nuclear e critica os esforços das seis potências mundiais que negociam uma redução no programa nuclear iraniano em troca da suspensão de sanções internacionais. O Irã nega que esteja desenvolvendo a tecnologia necessária para criar armamentos nucleares.
A porta-voz do Departamento de Estado Jen Psaki disse a repórteres em Washington que os EUA estão preocupados com o apoio do Irã a militantes, mas ainda estão focados em resolver a questão nuclear. Fonte: Associated Press.
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