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Israel aprova plano para construir 2,2 mil casas nas colônias ocupadas da Cisjordânia

Assunto é crucial na vida política do país em um momento em que o Parlamento se prepara para votar pela sua dissolução, visando as eleições antecipadas em 9 de abril

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Por Redação
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JERUSALÉM - Uma comissão do Ministério da Defesa de Israel aprovou planos para construir cerca de 2,2 mil casas nas colônias ocupadas da Cisjordânia, anunciou nesta quarta-feira, 26, o movimento que luta contra esse projeto chamado "Paz Agora".

Netanyahuse reuniuem Jerusalém com os dirigentes das colônias judias da Cisjordânia ocupada e pediu o seu apoio Foto: Sebastian Scheiner / AP

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A questão das colônias é crucial na vida política de Israel em um momento em que o Parlamento se prepara para votar pela sua dissolução, visando as eleições antecipadas em 9 de abril.

O “Paz Agora” indicou que entre terça e quarta-feira foram aprovados os planos de 2.191 moradias, algumas em colônias isoladas “que deveriam ser retiradas caso se alcançasse um acordo sobre a solução dos dois Estados”, segundo um comunicado da ONG.

Mais de 1.150 residências conseguiram um acordo definitivo antes que se publiquem as autorizações de construção, enquanto somente 1.032 passaram na primeira fase para obter permissão.

“Milhares de casas foram aprovadas pelo governo em 2018 (...). (O primeiro-ministro, Binyamin) Netanyahu quer sacrificar os interesses israelenses para as eleições oferecendo aos colonos um presente para reforçar os votos da extrema direita a seu favor”, acrescentou a associação.

O premiê, cuja coalizão era considerada como a mais à direita da história de Israel, se reuniu na manhã desta quarta-feira em Jerusalém com os dirigentes das colônias judias da Cisjordânia ocupada e pediu o seu apoio.

“Assistiremos a uma tentativa da esquerda de derrotar nosso poder com a ajuda dos meios de comunicação e de outros”, afirmou. “Não podem ter êxito, porque caso contrário, o movimento que vocês representam estará claramente em perigo.”

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As colônias são consideradas ilegais pela comunidade internacional, que as veem como um dos principais obstáculos para a paz. Cerca de 430 mil colonos israelenses vivem frequentemente em conflito com mais de 2,5 milhões de palestinos na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967. / AFP

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