Israel aprova proposta dos EUA para libertar Arafat

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Por Agencia Estado
Atualização:

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, aprovou hoje uma proposta norte-americana para pôr um fim ao cerco ao quartel-general do líder palestino, Yasser Arafat, em Ramallah, Cisjordânia. O plano prevê que soldados norte-americanos e britânicos custodiariam seis palestinos procurados por Israel e que se encontram dentro do QG. Por sua vez, Arafat poderia se movimentar livremente pela Faixa de Gaza e Cisjordânia. Mohammed Dahlan, um chefe de segurança palestino, disse que os Estados Unidos não haviam apresentado formalmente o plano à Autoridade Palestina. O presidente dos EUA, George W. Bush, fez a proposta ontem em conversação telefônica com Sharon. Mais tarde, o secretário de Estado Colin Powell enviou uma carta oficial a Israel apresentando o plano. Caso a proposta seja aceita pelos palestinos, ela poderia resolver o impasse em torno do quartel-general e dos escritórios de Arafat, cercados pelas tropas israelenses desde 29 de março, quando teve início a incursão militar na Cisjordânia. Os israelenses exigem a entrega de cinco palestinos acusados de envolvimento no assassinato do ministro do Turismo Rehavam Zeevi e de um sexto homem, acusado de organizar um carregamento de armas do Irã em um navio que fora interceptado por Israel no Mar Vermelho em janeiro. Os palestinos detiveram os seis e os estavam mantendo em uma prisão no complexo de Arafat antes da incursão israelense. Os seis foram levados para os escritórios de Arafat para evitar que os israelenses os capturassem. Depois de um longo debate, o gabinete israelense aprovou o plano norte-americano por 17 votos a 8. Segundo a Rádio Israel, os ministros continuavam hoje uma discussão sobre uma possível cooperação com uma missão da ONU, cuja chegada está prevista para hoje. A missão deverá investigar a operação militar israelense no campo de refugiados de Jenin.

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