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Israel ataca base militar palestina

Por Agencia Estado
Atualização:

A aviação israelense atacou neste domingo a base militar palestina de Ansar, em Gaza, ferindo pelo menos dez palestinos. Essa base fica muito próxima do QG do líder palestino Yasser Arafat. A ação foi ordenada pelo primeiro-ministro Ariel Sharon em represália à morte de duas mulheres por dois palestinos, que também acabaram mortos. Os incidentes coincidiram com o retorno do primeiro-ministro Ariel Sharon de viagem aos Estados Unidos, onde manteve encontro com o presidente George W. Bush. Os dois palestinos conseguiram chegar de automóvel perto de um QG do Exército israelense no sul de Israel e disparar tiros de fuzil contra uma lanchonete, matando as duas mulheres e um soldado israelenses e ferindo outras cinco pessoas. Os atacantes foram mortos por soldados que responderam imediatamente ao fogo. Pouco antes, foguetes Qassan-2 haviam sido lançados de Gaza contra o kibutz de Saad, no Deserto de Negev. sem causar vítimas. Segundo o porta-voz militar israelense Sholomo Ahronishky, os dois militantes palestinos chegaram a um quarteirão da base do Exército perto da cidade velha de Beersheba. "Nossos soldados reagiram imediatamente", acrescentou ele em entrevista à Rádio Israel. "Eles (os atacantes) saíram do veículo e abriram fogo em todas as direções", disse o capitão israelense Guy Shaham, um dos militares que responderam ao fogo dos palestinos. "Saquei meu revólver e disparei. Eles atiravam para todos os lados. Concentrei-me num deles e fiquei disparando até que ele caiu. O companheiro dele fugiu para um estacionamento, mas os soldados saíram da base e o liquidaram", acrescentou. O comando do Exército no sul de Israel localiza-se em Beersheba. "A polícia fechou todos os caminhos que conduzem à cidade antiga. Está um caos. Há mulheres chorando e todo mundo está histérico. Não estamos acostumados a esse tipo de coisa aqui", disse o vendedor de uma loja próxima do QG israelense. Nenhum grupo extremista palestino reivindicou a responsabilidade pelo ataque. Ao chegar pela manhã a Jerusalém, Sharon voltou a responsabilizar Arafat pelos novos incidentes e dirigiu-se, imediatamente, a sua chácara no Negev. Ali, mais tarde, ele recebeu o chanceler Simon Peres e o ministro da Defesa, Binyamin Ben Eliezer, para uma avaliação dos resultados de suas conversações com o presidente Bush. O líder israelense queria obter do governo americano um completo isolamento político de Arafat, mas não obteve êxito.

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