Israel ataca pontos em Gaza após encontrar corpos de jovens

Autoridades israelenses disseram que a Força Aérea bombardeou 34 locais, a maioria pertencente ao Hamas

PUBLICIDADE

Atualização:
Exército de Israel bombardeou casa de suspeito do sequestro de estudantes Foto: Nasser Shiyoukhi/AP

JERUSALÉM - Israel bombardeou dezenas de locais na Faixa de Gaza nesta terça-feira, 01, atacando alvos do Hamas depois da descoberta dos corpos de três adolescentes cujo sequestro e morte o país atribuiu ao movimento radical islâmico.

PUBLICIDADE

O gabinete da área de segurança de Israel, que realizou uma reunião de emergência na noite de segunda-feira e iria reunir-se na manhã desta terça novamente, ficou dividido sobre a escala de uma nova investida contra o território costeiro e a Cisjordânia.

O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu prometeu que o Hamas iria pagar pelas mortes dos três estudantes de religião, encontrados na segunda-feira sob uma pilha de pedras ao norte de Halhul, perto de Hebron, na Cisjordânia. Em seguida, o Exército destruiu, com explosivos, as casas dos dois principais suspeitos do sequestro, Marwane Qawasmeh e Amer Abu Eisheh, membros do Hamas em Hebron.

Autoridades israelenses disseram que a Força Aérea atacou 34 locais, a maioria pertencente ao Hamas, mas o comunicado não relaciona os bombardeios com os sequestros. Equipes médicas palestinas disseram que duas pessoas ficaram levemente feridas.

Em vez de citar o caso dos jovens sequestrados, os militares israelenses mencionaram os 18 foguetes lançados pelos palestinos nos últimos dois dias contra Israel como a causa da ofensiva, já que as autoridades do país atribuíram os disparos ao Hamas.

Os três adolescentes, Eyal Yifrach, de 19 anos, Gilad Shaar, de 16, e Naftali Fraenkel, de 16 - que também tinha cidadania americana -, foram vistos pela última vez entrando em um carro, no dia 12 em um ponto onde pediam carona no assentamento de Gush Etzion. As buscas pelos jovens converteram-se em uma obsessão nacional e as autoridades lançaram uma ampla operação. / REUTERS

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.