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Israel bombardeia campos da Jihad Islâmica na Síria

Por Agencia Estado
Atualização:

Aviões militares israelenses bombardearam um campo de treinamento do grupo Jihad Islâmica na Síria, a cerca de 20 km da capital, Damasco. Não há registro de mortos. O ataque ocorreu em retaliação ao atentado suicida que matou 19 pessoas e feriu outras 55 ontem em Haifa. É a primeira operação militar israelense em solo sírio em mais de duas décadas. Israel acusa a Síria de proteger e financiar o grupo palestino, e afirmou que combaterá os terroristas em toda a região. ?Qualquer governo que ofereça refúgio ao terrorismo, que treine, apóie ou financie terroristas, deverá responder por suas ações?, enfatizou Avi Pazner, porta-voz do governo israelense. O governo sírio ainda não se manifestou sobre o ocorrido. Abu Emad El-Refaei, porta-voz do grupo Jihad Islâmica em Beirute, no Líbano, disse à rede de televisão Al-Jazira que não existe nenhum campo usado pelos militantes na Síria. ?Todas as nossas bases estão dentro dos territórios palestinos?. Entretanto, ele não negou que os militantes tenham recebido treinamento no país. Segundo fontes palestinas, o campo bombardeado estava deserto, e pertencia à Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP). O ataque aumentou as preocupações de que a violência entre palestinos e israelenses, sobretudo após a eclosão da Intifada al-Aqsa, há três anos, possa se espalhar para outros países na região. O bombardeio deixa claro que Israel está buscando novas estratégias para tentar coibir novos ataques. Cisjordânia e Faixa de Gaza - Paralelamente, o Exército de Israel realizou operações na Cisjordânia e Faixa de Gaza. Militares demoliram a casa de Hanadi Jaradat, em Jenin, acusada de ter perpetrado o ataque de ontem. O líder da Jihad Islâmica também teve sua residência destruída. Em Gaza, soldados de Israel isolaram diversas regiões, dividindo a Faixa em 4 seções, de modo a impedir a movimentação de armas e militantes. Helicópteros israelenses atacam outras duas cidades na região. Não há registro de vítimas durante as incursões israelenses pelos territórios palestinos.

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