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Israel busca militantes em campo de refugiados palestinos

Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo terceiro dia consecutivo, soldados israelenses realizaram buscas de casa em casa numa tentativa de encontrar militantes e armas no densamente povoado campo de refugiados de Balata enquanto soldados saíam neste sábado, de um outro campo situado nas proximidades. As tropas israelenses abandonaram o campo de refugiados de Jenin depois de um pedido da União Européia (UE) para a retirada imediata do Exército de Israel de todos os campos de refugiados. Apesar disso, 30 quilômetros ao sul de Jenin, os comandos israelenses continuam procurando militantes e armas no campo de Balata, na periferia de Nablus, na Cisjordânia. A informação foi confirmada por autoridades palestinas e israelenses. Por sua vez, o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, condenou as incursões israelenses iniciadas na quinta-feira e pediu aos Estados Unidos e à UE que pressionem Israel para que interrompa as invasões. "Eles precisam entender que todos estes crimes contra nosso povo não nos farão ceder", disse Arafat a jornalistas. De acordo com funcionários palestinos, 20 pessoas - entre civis, policiais e pistoleiros palestinos - já morreram desde quinta-feira, quando Israel realizou sua primeira incursão contra um campo de refugiados em 17 meses de conflito no Oriente Médio. Os números do Exército israelense são diferentes. De acordo com a corporação, 30 pistoleiros palestinos morreram e cerca de 200 ficaram feridos. Dois soldados israelenses também morreram, revelou o Exército. Israel relutava em entrar nos campos de refugiados, onde é difícil - e muitas vezes impossível - trafegar com tanques e veículos blindados pelas ruas estreitas e movimentadas. O governo israelense alega que os campos de refugiados teriam sido transformados em fortalezas de militantes para coordenar ataques contra Israel.

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