09 de abril de 2010 | 00h00
Não foi divulgado oficialmente pelo governo israelense o motivo do cancelamento da visita. Mas, segundo afirmava ontem a imprensa de Israel, o premiê estaria insatisfeito com a possibilidade de a Turquia e o Egito levantarem a questão do arsenal nuclear israelense durante a cúpula. Os dois países, que mantêm relações diplomáticas com Israel, defendem um Oriente Médio livre de armas atômicas. A mesma posição é defendida por 22 países da Liga Árabes. Essas nações insistiram ontem para que a Agência Internacional de Energia Atômica pressione Israel a assinar o TNP. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, também declarou ser a favor de um Oriente Médio livre de armas atômicas - o que incluiria os israelenses.
Israel não confirma nem nega que tenha um arsenal nuclear. Na comunidade internacional, há um consenso de que os israelenses possuem armas atômicas, apesar de nunca terem feito testes. O país é um dos poucos que não assinaram o TNP. Os outros são Índia, Coreia do Norte e Paquistão. Todos declararam possuir armas nucleares. O Irã é signatário.
Os EUA não se posicionam sobre a questão do arsenal israelense. Os dois países, aliados históricos, possuem divergências em relação aos assentamentos judaicos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Obama está insatisfeito com novas construções anunciadas por Netanyahu em áreas reivindicadas pelos palestinos para o estabelecimento de um futuro Estado.
Encontrou algum erro? Entre em contato