Israel estreitou ainda mais o cerco em torno de Jenin, onde 11 palestinos foram assassinados, e está em estado de alerta máximo por temor a atentados. Enquanto isso, durante a noite, uma mulher israelense foi assassinada numa emboscada junto à "linha verde" da Cirjordânia. O aeroporto de Tel Aviv foi esvaziado. Um dia depois do devastador ataque terrorista nos Estados Unidos, que pode provocar uma nova repartição das cartas na crise do Oriente Médio, o ministro israelense das Relações Exteriores, Shimon Peres, disse que "chegou a hora da verdade" para os palestinos e seu líder, Yasser Arafat. "Eles devem decidir se vão se distanciar do terrorismo ou se estarão inclusos na lista dos que o fomentam", sugeriu. "Advertimos a Israel que não continue com sua escalada militar contra os palestinos, tirando proveito da trágica situação nos Estados Unidos", disse Nabi Abu Rudeina, o mais estreito conselheiro de Arafat, ao denunciar a retomada dos combates em Jenin, no extremo norte da Cisjordânia. Há três dias, a localidade autônoma palestina, classificada por Israel como "um ninho de víboras" de terroristas islâmicos suicidas, está cercada por veículos blindados israelenses, que ontem à noite e hoje pela manhã realizaram novas incursões. Os tanques, apoiados por caças F-16 e helicópteros de combate - segundo relatos de palestinos -, entraram no centro de Jenin e no povoado vizinho de Arraba, onde os disparos deixaram pelo menos 10 mortos entre os palestinos, entre os quais uma menina de 11 anos, e cerca de 40 feridos. Outro palestino foi assassinado na Faixa de Gaza, onde os soldados abriram fogo contra um táxi que não parou em um posto de checagem israelense. Junto à "linha verde", como é chamada a delimitação entre Israel e a Cisjordânia, as emboscadas palestinas prosseguiam. Durante a tarde, uma mulher israelense foi assassinada numa emboscada na região de Qalqilya. Pela manhã, um homem ficou gravemente ferido nos arredores de Tulkarem.